Quando Deus formou a mulher, a partir de uma costela de Adão, os dois tinham o mesmo poder de decisão. Deus deu à mulher a mesma autoridade de Adão, para que se cumprisse a sua palavra em Génesis 2:18.

Assim se lê Génesis 2:18 “E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele”.

Eu quero que você preste atenção na última parte do versículo. Deus disse “adjutora que esteja como diante dele”. Numa das traduções inglesas vem “suitable for him”. Outras traduções em língua portuguesa dizem: “ajudadoura idónea para ele”; “alguém que o auxilie e lhe corresponda”.

Observando todas estas traduções podemos ver que Deus fez uma mulher à altura e competente para Adão. Aleluiaaaa! O plano de Deus em Génesis 2:18 diz que não podia ser uma ajudadoura qualquer, tinha de poder estar como diante dele.

A mulher tinha de ser alguém com qualidades que equivalesse a Adão. Uma pessoa idónea é alguém digna de se confiar e de conferir poder de decisão. Por isso Deus conferiu o mesmo poder de decisão a Adão e à mulher. Ou seja, tanto Adão, quanto a mulher eram submissos directamente a Deus.

Deu-se que num dos momentos, a mulher encontrou-se com a serpente. Na conversa, a mulher foi enganada e usou o poder de decisão que tinha para optar por comer do fruto da árvore que estava no meio do jardim (Génesis 3:1-6) e deu ao seu marido.

Quando Deus chegou, deu a oportunidade a Adão para se arrepender, mas Adão acusou a mulher (Génesis 3:11-12). E Deus o que fez? Colocou níveis de submissão na mulher. Ou seja, a mulher passou a sujeitar-se a Deus, por via do seu marido. Isto porque Deus tirou o poder de decisão à mulher e sujeitou o poder de decisão que a mulher tinha ao poder de decisão do homem. Vamos ler Génesis 3:16 “e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará”.

Estava só a contextualizar para você perceber que quando a bíblia fala de submissão da mulher não está propriamente a falar de ficar em casa a pilar milho; lavar pratos; acordar às 4:00horas aquecer água para o marido; lavar roupa; pôr jantar; e não sei quantos. Esses são vossos assuntos. Quando Deus falou, disse “teu desejo será para o teu marido”. Desejo é ambição ou aspiração. Deus estava dizer que a ambição da mulher passa ser controlada pelo homem.

Recuando para Génesis 3:1-6, vemos que Satanás incorporado na serpente desperta uma ambição na mulher. A ambição de ser como Deus, sabendo o bem e o mal. E a mulher foi enganada por meio da sua aspiração. É por isso que Deus dá ao homem a missão de dominar a mulher para que as suas aspirações estejam sob controlo.

Em outras palavras, a bíblia quando fala de submissão da mulher está falar de a mulher valorizar o poder de decisão do seu marido. Segura! Já explico o que é isso.

Até aqui estávamos a ver o porquê da submissão no sentido de causa. Agora vamos ver qual é a finalidade da submissão da mulher ao homem.

Leia comigo Efésios 5:22 “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor”. Vamos ler também Efésios 5:25-27 “Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível”.

Diz a Palavra de Deus, que o Espírito que criou todas coisas chegou a Adão e perguntou “Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?” Adão respondeu “a mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi”.

Deus começou a sentenciar. Sentenciou a serpente. Depois veio para mulher e determinou “o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará”. Deus estava a dizer: a partir de hoje mulher não dás um único passo sem consultar ao seu marido.

Eu estou a dizer… Deus viu que Adão tem mania. Deus lhe deu uma mulher, mas na hora do problema nega a cumplicidade e foge. Na hora que Deus lhe trouxe a mulher dizia “osso dos meus ossos e carne da minha carne” (Génesis 2:23), mas no dia do problema diante de Deus quer lhe deixar com rótulo de culpada (Génesis 3:12). Você nunca viu homens assim? O Espírito Poderoso viu isso lá no jardim do Éden.

Adão deveria ter assumido o erro da sua mulher e arrepender-se, mas ele usou do facto de a mulher ter poder de decisão para procurar livrar-se da situação e escapar da condenação. É como se dissesse: heeee, Deus a culpa não é minha é da mulher que Você me deu. Então Deus tirou o poder de decisão de Eva, sujeitou-lhe a Adão, e deu ao homem a missão de ser o guia da família de modo a que a sua mulher se apresente santa e irrepreensível.

Deixa-me desfazer isto… Adão apresentou a Deus uma mulher culpada. Então Deus montou um “sistema” para fazer com que o homem não volte a apresentar a Deus, sua mulher como sendo culpada, porque eles são uma só carne (Génesis 2:24).

Repara, em Génesis 3:15, que Deus tomou essa decisão depois de dizer a Satanás, incorporada na serpente, que Jesus Cristo viria através da mulher para destruir todo poder diabólico. Deus sabia que Satanás iria voltar para enganar Eva, então Eva precisava de ser protegida. Por isso, Adão passa a ser responsável pelas decisões de Eva. E Adão lhe protegeu, tanto mais que Satanás não conseguiu mais enganar a Eva, ao ponto de Satanás ir fazer Caim matar Abel (Génesis 4).

A ideia de Deus ao ordenar que a mulher seja submissa ao homem, é para que o homem proteja a mulher das astúcias diabólicas. A ideia é fazer com que o homem guie as aspirações da sua esposa pelo caminho da santidade. A ideia da submissão é fazer o homem amar sua esposa como Jesus Cristo amou a igreja.

Jesus ensinou-nos a obedecer a Palavra de Deus e entregou a sua vida para justificar-nos do pecado. É diferente do que Adão fez. Adão não justificou Eva, culpou. A sentença de Deus fez o homem ter de prevenir a mulher de más decisões para apresenta-la a si mesmo como santa e irrepreensível, porque a partir de então o homem é quem passou a carregar a culpa em caso de a esposa falhar contra Deus.

Isso não significa que a mulher tem de ser obrigada. É para amar como Cristo. Jesus não obriga a ninguém, apenas mostra o caminho. Isso também não significa que a mulher deve dizer “sim, sim, sim” à coisas que não edificam (Ester 7:1-10). A bíblia diz sujeitar-se ao marido, como ao Senhor, e a mulher é ajudadoura.

O facto de o poder de decisão da mulher estar sujeito ao do homem, não significa que a Palavra de Deus é contrário a emancipação da mulher. A Palavra de Deus reconhece o papel da mulher nos cargos de decisão ou próximo aos cargos de decisão.

Leia comigo Mateus 4:6-7 “e disse-lhe [Satanás]: Se tu és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra. Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus”.

Escuta, está escrito que a mulher deve ser submissa ao homem. Mas também está escrito que Débora, mulher de Lapidote, foi juíza do povo de Israel (Juízes 4:4) e quando ela se levantou o povo de Israel foi liberto das mãos opressoras de Jabim. Vale dizer que ser Juiz na altura era como ser Presidente (Juízes 1:16). Aleluiaaaa!

A Palavra de Deus apenas diz que a mulher não pode ir assumir cargos sem antes consultar ao marido. Antes de aceitar a proposta de ser PCA, tem de ir perguntar ao marido qual é a ideia dele, se ele vir que não fere com a Palavra de Deus, motiva-la a ir. Tão simples quanto isso. Nota que na empresa ou instituição onde vai dirigir não precisa do marido para tomar cada decisão da empresa, porque o marido ao aceitar que ela fosse ocupar o cargo proposto automaticamente autorizou-lhe a tomar decisões. Aleluiaaaa!

Pode perguntar-me, como uma mulher que não tem a última palavra em sua própria casa pode ter na empresa. Escuta, não foi Mardoqueu quem disse a Rainha Ester para jejuarem três dias. Quem decidiu foi a Rainha Ester (Ester 4:16). Sabe por quê? Quem coloca todos dirigentes é Deus (Romanos 13:1) para certos propósitos e Ele mesmo os capacita (Juízes 2:18).